sábado, 13 de dezembro de 2008

(Des)Encontros curiosos...

Mais uma noite...
A chuva e o vento que se fazem sentir não foram suficientes para que o pessoal ficasse por casa.
Rua cheia de gente. Filas para se entrar nos bares mais concorridos.
Afinal, não somos os únicos doidos que não ficámos em casa, penso.
Uns/as, absorvidos pelo álcool,vagueiam alegres e de sorriso nauseabundo. Outros/as, mergulham na música e deixam-se levar... Sou uma delas...
Saltita-se de bar em bar na esperança que no próximo a música ainda seja melhor.
Cumprimenta-se pessoas. Evitam-se outras. Porquê? Porque em tempos foram diferentes e agora são indiferentes, simplesmente.
Tocas-me no ombro. Não ligo. Só quero acreditar que é engano, pois quero continuar absorvida pela musica.
Tocas-me outra vez! Viro-me meio irritada por ter que descer à terra, do lugar onde a música me levou por momentos...
Com uma resposta pouco simpática na ponta da língua, pronta para atropelar o pedaço de gente que me perturba o momento, detenho-me! Não posso querer! Não acredito! À minha frente, com um ar um pouco mais maduro, mas com o sorriso de sempre ali estavas tu...
- Há quanto tempo!(a música bem alta, onde à pouco eu mergulhava, agora incomodava...)
Num abraço apertado (aquele abraço que eu reclamava na brincadeira, dizendo que me sufocavas!) desfazemos a barreira que o tempo criou, por seguirmos rumos diferentes...
Saímos. Conversámos à chuva, como nos velhos tempos. Fugimos da multidão da noite e procurámos o bar mais vazio. Não nos calámos... Matámos saudades até que nos mandaram embora...
- Horas de fechar, disse-nos o dono do bar. As poucas pessoas que lá estavam já haviam saído há muito e nem nos apercebemos. Pior do que isso! Nem consumimos nada! No mínimo cómico. Meio envergonhados lá deixámos uma gorjeta em cim da mesa.

A fome aperta, os bares fecharam. Felizmente existem padarias... Lá fomos. E agora ao som de duas garrafas de sumol brindamos...
- um brinde ao que não se viveu :)
- Nem sei bem porquê! (confessas-me...)
- Nem eu sei, respondo!

O sol começa a raiar. Passaram horas e nem demos por isso.
Se calhar já ara altura de regressar a casa...
Ainda nem tivemos tempo de sentir saudades e combinámos café logo para a tarde.

- Vais-me arranjar respostas para aquilo que não vivemos, que eu vou arranjar argumentos para mudarmos a história...
Sorrio encavacada e sem resposta.

Desafio aceite :)
Que noite engraçada :)
Bom rever-te, bom perceber que a cumplicidade não se perdeu... :)

Com um abraço, Marisa

Cum caneco! Devíamos ter sete vidas como os gatos para podermos viver tudo e não perdermos nada! [Foi a última coisa que me lembro de ter pensado antes de adormecer...]


PS: Carpe Diem... Siempre :)

1 comentário:

Carlos disse...

Muito giro. Tenho pena de nunca ter tido algo assim. Noites que parecem anos. Nostalgia da boa.