quarta-feira, 29 de abril de 2009

faz-de-conta

Não sei porque é que perguntam, se na realidade ninguém quer saber...

E lá continuamos... a brincar ao faz-de-conta...

rEcUsO-Me...

Não pergunto, simplesmente.
E depois?
Chamem-me antipática, que não me importo...
Antes antipática, que detentora de tamanha hipocrisia...

RecuSO-mE [simplesmente...]

eu ali...

2h:19min

Dei por mim, já estava com veia canalizada e soro e inundar-me a alma. Não, não fiquei inconsciente... Náuseas, vómitos e uma diarreia que me levava ao wc de vinte em vinte minutos... E para animar a festa estava a fazer tarde-noite. Até podia ser um episódio caricato de contar já que até xixi para o copinho me mandaram fazer (típico... não fosse a menina estar grávida...[claro que só me podia rir...]).

Mas não deu para rir, pelo contrário. Com uma torneira de três vias na mão esquerda fui agressivamente bombardeada com questões existenciais.

E ali estava eu, a ver o soro correr e a entrar-me nas veias, como que petrificada.
De facto, podia acabar com tudo ali...
naquele preciso momento,
naquele preciso minuto,
naquele preciso segundo...
E acreditem que era tão simples...

5h:27min

- pessoal da sala operatória!
- temos trabalho urgente!

E lá vou eu...
Apresso-me para ajudar quem precisa e esqueço-me que, na mão, tenho uma eventual arma do crime...

Mas não desisto...

Ps: Obrigada Liliana, pelo apoio :)

uP...

[...]
wake
me
up
with
your
lips...

terça-feira, 21 de abril de 2009

Lições [dE ViDa]...

Há alguns anos atrás, no meio de uma pequena multidão de olhares vazios, ouvi alguém dizer...

- em vida tudo nos falta... queremos este mundo e ou outro... depois da morte, tudo nos sobra...

Nunca mais me esqueci desta frase.
Agora relebro-a. Parece que foi inventada para mim.


Como tudo me sobra agora...

domingo, 19 de abril de 2009

talvez um mail parvo... talvez nem gostes... talvez odeies... mas gostava k lesses...‏

"Sabes porquê?

Porque me dói quando te vejo triste,
Porque sofro cada vez k cai uma lagrima tua,
Porque não suporto sentir que cada vez tas mais longe de mim,
Porque queria puder tirar, todo o peso que sentes, de cima dos teus ombros,
Porque queria que tudo fosse diferente,
Porque apenas queria que voltasses a sorrir,
Porque te adoro...

Esta foi a forma que encontrei [parva e sem muito sentido...talvez inapropriado...não sei] de te dizer os motivos pelos quais não vou desistir de ti...

Não levantes uma barreira entre nós... deixa-me continuar a ser a tua mana...

ADORO-TE!!!! e isso nunca vai mudar!!!
Beijo..."



PS: bIGaDA :)

sábado, 18 de abril de 2009

é verdade...




"[...] há tantos sorrisos que não são mais do que um enorme vale de lágrimas..."

by Carla Mestre





PS: Não podia deixar passar este comentário em branco...
Como tu me compreendes amiga...





quarta-feira, 15 de abril de 2009

Silêncio...

Porque não estou com capacidades para te dar força, para te apoiar e dizer que vai correr tudo bem... calo-me.

Permaneço calada e saio de mansinho...

é mais fácil não nos envolvermos...




PS: Não quero fazer isto muitas vezes...

domingo, 12 de abril de 2009

«Debaixo do cobertor»

Choro... no silêncio da noite...
Faço dos gritos gemidos surdos, abafados pelo cobertor...
À memória veêm-me flashes do que aconteceu.. ao mesmo tempo que sou assaltada pelo som aterrador da situação, do cheiro que paira no ar, mas que não consigo identificar.
As mãos tremem-me.
Não penso em nada, mas simultaneamente penso em mil e uma coisas...
Em segundos revivo os meus vinte e três anos.
Faço um esforço.
Continuo.
Não quero que me ouças.
Não quero que te vás "a baixo", porque preciso muito de ti.
Porque sem ti não consigo, simplesmente.
Quero parar, mas as lágrimas bailam-me nos olhos.
Assim fico...
... a tentar controlar-me neste aperto de saudade.
[...]
O som também é abafado. Mas não é meu. O gemido também é surdo, mas não é meu.
Também tu choras, no silêncio da noite.
Também tu fazes dos gritos gemidos surdos abafados pelo cobertor...
[E não me dizes nada...
Também tu não queres que me vá "a baixo"...
Também tu precisas de mim forte.]

perder para dar valor...

Que saudades...

... dessas mãos ásperas e desse beijo lambuzado... :)


[que estúpida que sou...]

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Hoje...

Hoje... sinto-me a pior pessoa do mundo... diria até que, " a pior", é quase um eufemismo...

Sinto-me a pessoa mais egoísta, mais irresponsável, mais mal agradecida, mais imatura, mais antipática, enfim... a mais má de todas...

A lista de adjectivos continuava...

Hoje... não há niguém no mundo que consiga trazer ao cimo alguma coisa que de bom exista em mim... [se é que existe...]


"Todos vêem o que tu pareces, poucos sentem o que tu és..." Maquiavel

Corrigindo o sublime senhor...

...ninguém sente o que somos...


[aChO qUe pReCiSo De UmA PRoVa...]

domingo, 5 de abril de 2009

Tu...

Hei...!? Tu aí? Sim... Tu!

Tu...

Tu que sabes tanto de mim... porque não me dizes o caminho?

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Outra vez: PeRSpEcTiVaS...

Pensar que tive o privilégio de vos ter na minha vida estes vinte e três anos...


[...]


ou pensar que a vida é uma MERDA e fico por aqui e permito-me descarrilhar?

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Shiiiiiiuuuuuuuuuuuuu

- Boa noite!
- Boa noite, responde-me numa voz quase inaldível.

Em ténues passos largos, o homem vai à frente. A mulher, essa, segue-lhe o rasto. Os gestos são comprometidos e a movimentação é surda.
Que comportamento estranho, penso.

Fecho a porta do carro de forma barulhenta. O homem pára. A mulher não reage.
Olham-me com ar de reprovação.
Não percebo. Permaneço calada, à espera de qualquer coisa. Mas não me explicam.
Marido e mulher retomam a marcha. Os gestos são os mesmos, comprometidos. A movimentação continua surda.
Dois metros mais à frente, o homem pára.
Um gato, de pêlo dourado e olhar faraónico distingue-se na noite tépida. Parece perdido.
Agora, de braços bem abertos, o homem olha para trás. O olhar é de hesitação...
- Estou aqui. Não o disse, mas foi como se dissesse. Foi isso que entendi, no olhar daquela mulher para aquele homem, de braços abertos. E foi isso que ele percebeu.
Confiante, abriu ainda mais os braços e... num segundo AGARROU aquela bola de pêlo dourado.
AGARROU-O com tanta força que tive inveja... O gato, esse, nem reage. Não mia, não arranha. Deixa-se afundar nos braços do homem. Já não está perdido, penso.

O barulho regressa. O sorriso é o de missão cumprida. Fiquei para trás.
Homem e mulher voltam para casa.
Pah! Escuto a porta a fechar.
- Também quero ser AGARRADA assim... [murmuro baixinho...]

(mas ninguém me ouve...)

Estado de espírito...

Anaktuga...



Temos pena...

Chegas de rompante, como se nada fosse... como se nada tivesse mudado...

Mas tudo mudou.
E eu já não sou a mesma pessoa.
E o valor que tinhas deixaste de ter.
Porque não quero um abraço teu.
Porque [tu] não mereces um abraço meu.
E terminamos por aqui.
O que existia deixou de existir [aqui e agora].